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Detalhes sobre o aparelho


Como foi dito anteriormente, a característica fundamental desse tipo de gerador é o fato de ele ser uma fonte de corrente constante, ou seja: estabelecendo-se uma ligação elétrica entre os terminais do GVDG, e mantendo-se a velocidade da correia constante, o GVDG tende a produzir corrente constante (isto é, sempre de mesma intensidade), mesmo que a resistência elétrica entre terminais varie.
Por outro lado, um GVDG (cuja resistência interna é praticamente infinita), tende a manter constante a corrente que flui entre seus terminais - quanto maior a resistência colocada entre eles assemelhando o conjunto a um circuito aberto, mais altas serão a tensão e a potência desenvolvidas.
Medição da corrente do gerador
Promovendo-se, um curto-circuito entre a esfera e a base de um GVDG, a intensidade da corrente assume o valor fixo associado à velocidade da correia no momento da observação, a despeito do fato de a resistência se apresentar muito baixa.
Para ajustar o gerador devemos provocar nele um curto-circuito e medir a corrente circulante através desse curto. Para fazer isso, conectamos um medidor de corrente razoavelmente sensível entre a esfera e a base, ou entre as escovas superior e inferior. Um medidor de corrente, por apresentar resistência desprezível, equivale a um curto circuito; assim, nenhum outro fio é necessário.
Quando o GVDG estiver funcionando, com um multímetro conseguimos capatar, mais ou menos,máxima corrente produzida pelo dispositivo. Um fluxo de 5 microampères vincula-se a um gerador de Van de Graaff modesto, em baixa velocidade. Um gerador, do mesmo tipo, com a correia em velocidade alta pode fornecer algumas centenas de microampères. Quanto mais alta é a corrente, melhor ele funciona.
Foi com essa técnica, que pela primeira vez, escolhemos o espaçamento ideal entre as escovas e a correia, o melhor material para a correia etc. 



OBSERVAÇÕES E RECOMENDAÇÕES


Existem algumas recomendações que podem evitar dores de cabeça durante a construção do gerador de Van de Graaff e que foram observadas com o funcionamento do mesmo. Algumas podem parecer óbvias, outras não. Em todo caso, vale a pena citá-las:

1. Quando trabalhamos com eletricidade estática, devemos ter sempre em mente que as pontas e os cantos afiados, devido ao poder das pontas, agem como pontos de descarga e podem sangrar a carga elétrica do domo de descarga, dando assim a impressão de que o gerador não está funcionando.
Uma vez que um GVDG trabalha no princípio de tensões muito altas e correntes muito baixas, pode ser comparado a um revólver de esguichar água. Um esguicho de seringa fornece uma quantia muito pequena de água, porém, sob alta pressão, suficiente para fazer a água percorrer uma grande distância. Se um vazamento pequeno (um furinho) ocorrer na seringa que esguicha (equivalente a um canto vivo, afiado), a água não irá mais tão longe. Assim, todas as extremidades afiadas devem estar arredondadas, curvadas para dentro ou cobertas. Essas são as causas observadas em geradores cujas faíscas vão até a base --- há cabeças de parafusos expostas.

2. Todos os tipos de substâncias estranhas podem causar contaminações (sujeira, graxa, sabões, limpadores, poeira etc.) e são causas suficientes para que um gerador possa deixar de funcionar. Certa vez, presenciamos a coluna de apoio de um gerador (supostamente limpa) brilhar como fogo vivo de eletricidade estática, enquanto o domo de descarga permanecia inativo. Para as partes que precisavam de limpeza, usamos componentes que realmente retirassem toda a sujeira, como a solução de amônia e água (e que é mais em conta).

3. Se o gerador não está funcionando a contento, a causa pode ser o uso de certos materiais que parecem ser bons isolantes elétricos, mas que freqüentemente não o são. É preciso verificar isso.

4. A observação mais importante é sobre o carbono (grafite, carvão). O carvão das escovas, muito utilizado em pequenos motores elétricos, pode servir como meio para transferir eletricidade estática do domo para a base do aparelho.
O Carbono também é usado em plásticos e borrachas. Negro de fumo é freqüentemente acrescentado para tornar a borracha mais resistente ao ozônio e à deterioração. É ele que confere à borracha sua cor preta e impede o GVDG de funcionar.


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